terça-feira, 28 de abril de 2015

Pelo jeito assim é.

Quando a tecnologia e o dinheiro tiverem conquistado o mundo; quando qualquer acontecimento em qualquer lugar e a qualquer tempo se tiver tornado acessível com rapidez; quando se puder assistir em tempo real a um atentado no ocidente e a um concerto sinfônico no oriente; quando tempo significar apenas rapidez online; quando o tempo, como história, houver desaparecido da existência de todos os povos, quando um esportista ou artista de mercado valer como grande homem de um povo; quando as cifras em milhões significarem triunfo, – então, justamente então — reviverão como fantasma as perguntas: para quê? Para onde? E agora? A decadência dos povos já terá ido tão longe, que quase não terão mais força de espírito para ver e avaliar a decadência simplesmente como… Decadência. Essa constatação nada tem a ver com pessimismo cultural, nem tampouco, com otimismo… O obscurecimento do mundo, a destruição da terra, a massificação do homem, a suspeita odiosa contra tudo que é criador e livre, já atingiu tais dimensões, que categorias tão pueris, como pessimismo e otimismo, já haverão de ter se tornado ridículas.
– Martin Heidegger, (1889-1976), em Introdução à Metafísica.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Motivo.

Motivo

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
-não sei, não sei.
 Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:- mais nada.

__Cecília Meireles



quinta-feira, 16 de abril de 2015

Epicuro

A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Degas.

Olha aí a bailarina de Degas olhando com desprezo o homem que se banha de Caillebotte no Museu D"Orsay. 



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